Talentos

Deus por um minuto

Deus por um minuto

Um mundo de cabeça para baixo, aliás não se sabe onde fica a cabeça do mundo. Será que é plano ou é redondo? Se for plano para qual lado está a cabeça e se for redondo será que o próprio mundo é a cabeça?

Queria ser Deus por um minuto e abarcar o mundo com os braços ou as pernas e em um toque de mágica, com a varinha de condão, fazer o mundo mais alegre, sem mortes, sem dor e sem tristeza, sem guerras, sem assaltos, sem os males que ora nos assolam, queria um mundo pleno sem coisas ruins, que mundo ideal para se viver; seria uma felicidade.

Deus por um minuto, se eu fosse faria tudo isso para melhorar o mundo, tudo na mesmice, na paz, na igualdade, na felicidade, no branco paradisíaco, faria os rios e o mar limpinhos.

- Mas que saco, tudo muito bonzinho.

- Sem guerras, protestos ou mesmo terremos, sem catástrofes, sem Marianas ou Brumadinhos, sem queimadas.

- Sem índios Galdinos para os riquinhos playboyzinhos queimarem não poderíamos ver o abuso do poder, principalmente das togas.

- Sem metrôs para explodirem e sem favelas para extorsões policiais, sem pretos pobres para o estado treinar tiro ao alvo, e sem balas perdidas.

- Não, não faria sentido, era tudo sem graça!

- Ahhh!!!! Quero não ser Deus. Deixa essa merda toda como está, todos gostam, principalmente os ‘cidadãos de bem’ que fazem de uma bíblia o seu desodorante.

O paraíso é um saco, e ser Deus por um minuto é muita responsabilidade. Não daria conta de mudar a ‘’ordem social’’ estabelecida pelo caos – Ser Deus por um minuto iria incomodar a paz dos que querem a balbúrdia!

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Inspiração

A vontade de resolver tudo nós dar uma certeza de impotência e de extrema incapacidade, e as vezes até desolação, queria SER DEUS POR UM MINUTO, mas depois me convenço que é um saco, chega, deixa como está.

Sobre a obra

O clamor social e o desespero das pessoas são de extrema importância na solução de tudo, a fé, se não resolve pelo menos nós dá um alento que precisamos para seguir de pé.

Sobre o autor

A vida é multifacetada, e por conta disso, seria muito paupérrimo nos atermos apenas a uma dessas facetas, a vida é como um tablado, no qual encenamos, pois nele nascemos sob às luzes da ribalta, há momentos que essas luzes param de te jogar brilho e tens que encarar os improvisos da vida, ao final, a cortina se cerra e não restará mais nada.

Autor(a): JOSE DE ARIMATEA LAFAYETTE SOUZA (Arimatea Lafayette)

APCEF/AL