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LIBERDADE
Liberdade
A Mangueira, manga que há
Prisioneira no chão, raiz
Sangue amarelo, suco doce
Mãos abanando, quero sair.
Chora lágrimas de orvalho
Grita,
Folhas ao vento
Num chiado barulhento.
A manga livre do galho
Faz-lhe desdém, posso partir
Seguir caminhos pelo mundo
Viajar de trem e avião.
A mangueira prisioneira,
Sua sina
Refresca a cabeça do leitor
-Só posso te servir, sussurra.
A mangueira prisioneira,
Dia de alegrias
Corda passada em seu braço
Balanço, balança, balança.
Anos e anos passados,
Pasto, gado, construção.
A mangueira é cortada
Em pedaços libertada
Seu desejo foi cumprido.
Já pode andar mundo
Sem pernas, nem pés
Livre,
Já não é mais prisioneira,
Foi mangueira!
Inspiração
A liberdade de cada ser, contrastado aqui com um pé de Manga, a MANGUEIRA, que depois de cumprir seu papel de árvore frutífera, encontra de certa maneira sua liberdade.
Sobre a obra
Linguagem simples, utilizando a prosopopeia.
A poesia em si, fluindo a escrita num leve desenrolar dos fatos, com rimas, cores e sabores.
Sobre o autor
Sou funcionária CEF aposentada à doze anos, vinte seis anos trabalhados nessa empresa. Tenho três filhos maravilhosos, quatro netos lindos.
Amo registrar em escritas, situações especiais, as quais me deleito em momentos de saudade.
Aproveitei o curso de Escrita Criativa na Rede do Conhecimento FENAE/APCEF, aprimorando assim o pouco que já sabia.
Autor(a): DEA CHRISTINA DE LIMA CANAZZA (Déa Canazza)
APCEF/SE