Viver em 5... 10... 14 dias...
E fecham-se as cortinas
Logo no início do show!
...
Enlouqueço!
Esqueço o caminho,
....vou no vácuo,
Absorvo uma rota
Turva, incerta!
Já não sei de mim,
Do mundo,
De ti...
Uma canção
Translúcida atravessa-me!

Cortinas rotas,
carcomidas,
misturadas, vomitadas,
insensatez!

E o tempo líquido...
Está frio, e lá fora
Nem sei se ainda existe!

LUCIDEZ –
atirem-se a primeira verdade absoluta!
O nada...
“You...never!
Don’t touch me again...
I cry”!

Escorre o medo,
Levando a cantinela,
Em notas cadentes
de Heitor– é a número 5,
em bachianas fantasias
comportadas e contidas!
E o poeta desconhece
o melhor poema!
...
Nada é seguro,
E eu sinto medo!
Há cinzas de ontem,
E a lava já queima
o amanhã.

Hoje, desperdiço
Qualquer vontade.
Já não sei de tudo...

Uma luz de vela parca?
Não é o fim do túnel...
É o limiar
Do fim...
E as notas do piano,
Estilhaçadas no chão
Do teu palácio fúnebre,
São tão perfidamente belas...

E eu tinha tantos planos