- Página inicial
- Detalhe obra
No íntimo estoicismo apático
No íntimo estoicismo apático
Numa vontade constante, fulminante, louca
Prendo palavras no céu de minha boca
Os que escutariam, não entenderiam minha fala rouca
De tanto gritar, de tanto gritar
Só em minha mente corro solta
Mas sempre presa em ideias revoltas
Terra infértil, obrigando a recolta
E ninguém vai ajudar, ninguém vai ajudar
E só eu me prendo nessa vivência triste
Abraçando um punhado de bem que ainda existe
Os pés formigando, o corpo persiste
E nada vai mudar, nada vai mudar
E com barro buracos da porta cingiste
Trancaste por dentro, pra casa fugiste
Na porta batem, gritam, insistem
Mas ninguém vai entrar, ninguém vai entrar
Convidas à porta os mais íntimos
À entrada da casa os mais ínfimos
Pois só no seu quarto, no refúgio lídimo
É onde vais chorar e chorar
Inspiração
Uma reflexão de um interior solitário, numa época em que temos que nos entender com nossa própria solidão.
Sobre a obra
O conceito de estoicismo não pressupõe apatias.
Sobre o autor
Autor de seis livros e escritor por insistência
Autor(a): THULIO PHELIPE ANDRADE DO NASCIMENTO (Thulio Phelipe)
APCEF/PB