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A prima fina
Minha prima é a menina
Mais fina de Diamantina
Não fina daquele tipo
Que não fala palavrão...
É fina como uma agulha,
Dessas de pregar botão.
Tão fina, que meu anel
Cabe-lhe em dois dedos da mão.
Sua fineza é tanta,
Que ela mal pisa no chão.
Para fazê-la correr,
Basta dar-lhe um soprão.
No almoço na Cantina
Come sempre um pratão.
Mas continua fina,
Porque, diz, não come pão.
Só que eu sei o seu segredo,
Vou contar-lhes de antemão:
Ela divide a comida
Com seu amigo João,
Que, ao contrário da menina,
Não tem em casa nem feijao.
Só tem angu com farinha
Pra dividir com o irmão.
Minha prima é mesmo fina.
Seu nome é Carolina
E tem um grande coração!
Inspiração
É um poema cômico que escrevi como parte de um conjunto de poemas para apresentar em escolas.
Sobre a obra
Fala de uma menina muito magra que tem um grande coração.
Sobre o autor
Escrevo desde menina, incentivada por meu pai e meu avô que eram escritores. Participei de vários concursos literários ao longo da vida, com poesias, contos e cronicas, tendo conquistado alguns prêmios. Aposentei-me em fevereiro de 2017 na agência Varginha/MG. Sou divorciada e tenho duas filhas adultas.
Autor(a): LUCIANE MADRID CESAR ()
APCEF/MG