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AS AVENTURA DO VELHO E A CHINA

AS AVENTURAS DO VELHO E A CHINA

Era uma veis um véinho,
Que vivia pricupado,
Módi há muitos anos
Tinha se enviuvado!

Vinha conviveno então,
Com um pobreminha danado,
É que uma parte de seu corpo,
Tinha se “aposentado”!

Com a idade e o tempo,
Duas coisa lhe acunteceu:
As junta endurecero,
E “aquela parte” amuleceu!

Uma receita lhe ensinaro,
Para o seu padicimento,
É que cardo de mocotó,
Levantava o “lazarento”!

O véio ficô animado,
Com aquela nuvidade,
Comprô todo o estoque,
Dos açogue da cidade!

Logo que tomo a premera dose,
Já sintiu um “cumichão”,
O véio fico bem contente,
E se encheu de animação!

Então ele arresorveu,
A dose do cardo triplicá,
Pra módi vê logo o efeito,
E o risurtado adiantá!

O efeito colaterar,
Desanimô o veinho:
No dia seguinte amanhiceu,
Cagano de chuverinho!

O véinho matutô,
E incontrô a sulução,
Módi o que ele não pudia,
Era perdê a ucasião!

No seu entendê bastava,
Se matê sempre concentrado:
Era nunca se esquecê,
De manter o “furico” trancado!

O pobre tava tão ansioso,
Que mal conseguiu a noite esperá,
E correno feito um corisco,
A casa de muié dama foi prucurá!

Na casa da luz vermeia,
O veio não se fez de rogado:
A premera china que viu,
Já arrastô pro reservado!

A muié acustumada,
Com o veinho só “tentá”,
Pensô que ia se fáci,
Aquela grana ganhá!

Mas lá dentro do quarto,
A china adimirada ficô,
Em vê a emporgação,
E o disimpenho do vovô!

Mas bem naquela “horinha”,
Por conta do “istrimicimento”,
O pobre do véio si isqueceu,
Da história do “trancamento”!

O risurtado minha gente,
Quais mato de susto a muié,
Módi que avuô grão de feijão,
Bem pra lá de Taubaté!

A china fico bem braba,
Que inté quis no veio batê,
E de dentro do seu quarto,
Pois o coitado pra corrê!

O véio saiu correno,
E foi tanta a atrapaiação,
Que foi pará no meio da sala,
Pelado com as carça na mão!

A turma veno a prezepada,
De dá risada inté chorô,
E na currutela no outro dia,
A história se ispaiô!

A china arresorveu,
Os prejuízo contabilizá,
Módi que a ropa da cama,
Teve inté que queimá!

Quando tava triminano as conta,
Foi intão que ela se alembrô:
O véio saiu na carrera,
E nem o programa pagô!

A aventura do véinho passô,
A ser assunto em toda isquina,
Viro inté tema de cordel:
“O véio que cagô da china”!

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Inspiração

depois de ouvir um relato, resolvi recontar a história de uma outra maneira

Sobre a obra

depois de ouvir um relato, resolvi recontar a história de uma outra maneira

Sobre o autor

gosto muito de escrever sem compromisso, apenas dando asas à imaginação.

Autor(a): LAUDICE DA SILVA MEDEIROS ()

APCEF/MS