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Na lama jaz
Serpenteando
A lama corre
Vai soterrando
O pai que morre.
É bicho, é gente
Que ali padece
Tão impotente!
Só resta a prece.
A fauna, flora
Lençol freático
que se colora
Monocromático.
Um sépia horrendo
De lixo e escórias
Que, escorrendo,
Enterra histórias.
Solo infecundo
Rio sem caminho
No lodo imundo
Jaz Brumadinho.
Inspiração
Inspirei-me no infeliz episódio ocorrido em Brumadinho. De certa forma, enxergo a poesia como uma homenagem a todos os afetados pela tragédia.
Sobre a obra
Apliquei o esquema de rimas perfeitas e alternadas para imprimir musicalidade à obra. Sou perfeccionista com as palavras e isso se reflete na minha poesia, aglutinando a ela minha personalidade.
Sobre o autor
Desde criança, por influência dos meus pais, sou amiga das letras. Para mim, tal como na história da humanidade, escrever é um divisor de águas, libertador!
Sou amadora, sem grandes pretensões com meus textos. Se eles tocarem um coração, dou-me por realizada.
Autor(a): LEOCADIA SOARES DE OLIVEIRA (Leocádia)
APCEF/RR