- Página inicial
- Detalhe obra
BRUMADINHO
BRUMADINHO
- Para mim as jazidas
Para vós os jazigos
A mim as margaridas
A vós a lama fétida.
Valesse só uma vida
O que ela por se vale
Não haveria esse vale
De lágrimas barrentas.
Soterrados vivos, vivos!
no meio dos sonhos.
Valessem duzentas
A vida como o crivo
Até do que suponho.
E não esse medonho
rio de corpos e argila
Rejeitos das usinas
Que valem privadas
Que valem privadas
Menos que as retinas
Cerradas pelo barro.
Em corpos rejeitos
Na terrível descarga
De lucros macabros
Infames e suspeitos.
- A mim as jazidas
Para vós os jazigos.
Inspiração
Surgiu do impacto do acidente ocorrido em Brumadinho que vitimou centenas de vidas e da indignação advinda de ter havido um segundo acidente envolvendo uma Barragem da Vale.
Sobre a obra
Utilização de métrica, rima, assonancias e aliterações e de conteúdo hodierno e emblemáticol. É um poema com uma forte carga social e de denúncia.;
Sobre o autor
Poeta cujo exercício dessa modalidade literária vem praticando desde 1976. Tendo participado de vários concursos, com diversas premiações e publicações consideradas relevantes por exegetas no assunto
Autor(a): ORLANDO PEREIRA COELHO FILHO (Orlando Coelho Filho)
APCEF/MG