Talentos

Uma crônica jornalítica

Ahmadinejad chega ao Brasil para discutir acordos bilaterais.O chefe de estado do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou ao Brasil para selar acordos bilaterais com o governo brasileiro nas áreas da cultura, da energia, tecnologia e da agricultura.

A visita polêmica de Ahmadinejad, ao mesmo tempo em que consolida o papel diplomático brasileiro nas relações internacionais, principalmente a questão do conflito árabe-israelense, mostra também a preocupação de grande parte da população com a política externa brasileira em relação ao Irã, visto que houveram várias manifestações contra a aproximação do Brasil por parte da sociedade civil organizada, entre elas os judeus, os chefes de religião afrodescendentes, das igrejas protestantes e das associações civis que lutam pelo direito à diversidade sexual.

Personalidades políticas afirmam categoricamente que a vinda do presidente iraniano é indesejável, posto que comanda um país de forma ditatorial. Em contraponto, os diplomatas e o governo brasileiro falam que o Irã é o país mais democrático do oriente médio, reforçando o papel de neutralidade nos conflitos no oriente médio.

O Irã e o Islamismo:

No Irã o regime político é baseado em uma espécie de teocracia (apesar de se chamar República Islâmica do Irã) e o Islamismo é a grande pedra angular do regime iraniano.

Assim como todos os países que adotaram o Alcorão e a religião islâmica grande parte deles ignoram os valores capitalistas,a economia de mercado, a democracia e a globalização como alternativa ao desenvolvimento da civilização ocidental.

Conhecida nos escritos Bíblicos como a tribo de Elão, historicamente chamados de medos ou persas, esse povo não é originalmente de etnia árabe, mas mantém com eles vínculo da religião, dos costumes e tradições.

Até o ano 1979 quase toda a civilização ocidental ainda conhecia o território como Pérsia, e, após a Revolução Islâmica, passou a se chamar República Islâmica do Irã.

Ahmadinejad e os governantes do Irã são muçulmanos da ala dos xiitas e condenam homossexuais à pena de morte; é o país que mais executa crianças no mundo; negam o holocausto; defendem a varredura de Israel do mapa e são acusados de financiar com armas os grupos extremistas como Hamas e Hezbollah.

O governo iraniano prega uma "guerra cultural", alicerçada no Mahdismo. Ainda, mantém um programa nuclear, independente da anuência da ONU. O país é também um dos maiores produtores de petróleo do oriente médio.

As eleições de 2009 ,segundo jornais internacionais, tiveram números indícios de fraudes e marcaram o pleito que reelegeu de Ahmadinejad, que foi apoiado pelo líder supremo do país, o aiatolá Khomenei, um dos líderes da revolução islâmica iraniana de 1979.

A adoção da filosofia política do Madhismo, crença messiânica que espera a vinda de Mahdi, o Ímã oculto, é um dos sustentáculos das aspirações de Ahmadinejad para legitimar o programa nuclear iraniano, além da pregação para " a preparação de terreno" para o retorno de Mahdi.

Os iranianos fazem um convite ao Ocidente para a busca à perfeição, à verdade, à justiça, ao amor, à paz e à compaixão, sendo, pois, Madhi é universal, e a pregação diz respeito para que as nações do ocidente adotem o monoteísmo, e não pratique heresia e a arrogância.

A defesa da "guerra cultural" , ao invés da guerra com mísseis e ogivas nucleares, tornou-se discurso político do governo.

Ao negar o Holocausto estão paralelamente inocentando os palestinos,que afirmam "estarem pagando pelo que não fizeram", em clara explanação sobre o movimento sionista e a intervenção do Ocidente na região palestina após a Segunda Guerra Mundial.

Em contrapartida, estudiosos cristão afirmam que houve uma participação dos líderes palestinos e das massas palestinas no apoio ao Nazismo.

O rei Hussein, um dos líderes oficiais dos palestinos na época do Holocausto e consultor sobre questões judaicas, é apontado como um dos que pediu a Hitler para acelerar a matança nos campos e Auschwitz, e também aspirava a limpeza étnica da minoria judia que habitavam os países árabes durante milênios.

Hussein pedia o extermínio dos judeus aos árabes, afirmando que o sangue deles agrada Alá.

O Irã e o futuro

Após inúmeras tentativas de fiscalização do programa nuclear iraniano, a ONU prepara sanções internacionais ao Irã. O governo do Irã afirma que mantém as atividades nucleares para fins pacíficos,e não bélicos.

Analistas internacionais classificaram o lançamento do primeiro satélite iraniano no espaço como a capacidade do Irã em lançar mísseis balísticos com ogivas nucleares a Israel e a Europa, representando um risco para humanidade.

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Inspiração

A ideia surgiu em fazer um contraponto da atual situação do Irã no oriente médio com o ano da visita de Ahmadinejad ao Brasil.

O problema da questão árabe-israelense, o programa nuclear e as sanções internacionais ainda hoje são motivos de muita especulação sobre a paz e o futuro do oriente.

Sobre a obra

Trata-se de crônica jornalística que aborda assuntos relativos aos problemas enfrentados no oriente médio no ano de 2009 e a visita de Ahmadinejad.

Sobre o autor

Meu nome é Pedro, da agência PAB Justiça Federal, na cidade de São Luís,
estado do Maranhão.

Participo do Talentos desde 2018.

Autor(a): PEDRO JADER BANDEIRA SOUZA ((XXX))

APCEF/MA