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É por Amor!
Aqui quem vos fala é a juventude oprimida
O trabalhador explorado, a classe sofrida,
A vítima da fome e a mulher agredida,
Aqueles que morreram e os que lutam ainda,
Os alunos sem escola e os tantos sem comida,
Os doentes sem saúde nessas filas descabidas,
Os que cozinham com lenha e os acidentes desta lida,
Aqueles que morreram e os que lutam ainda!
Eu faço essa leitura àqueles que não querem ver
De citar item por item as vítimas do Poder
De lembrar a criança que desmaiou por não comer
Ou a que concluiu o Fundamental sem saber ler
E o doente no corredor que não sabe que fim vai ter
Dos desvios do fome zero e da merenda do saber
Do judiciário e seus arquivos de caso sem resolver
Da compra de votos sujos, sem sequer se comover
O que nos move em nossa luta contra o opressor
É a capacidade de se solidarizar com a dor
O sangue que em nós pulsa também tem a mesma cor
Mas tem aqueles que não querem a propagação do amor
Sonho com um mundo que seja lá por onde eu for
Tenha humanidade no olhar sem dissabor
Na escola, na saúde, no trabalho, o que for
É por aqueles que morreram.
Pelos que lutam.
É por amor!
Inspiração
As mazelas da sociedade, um olhar humanista e a solidariedade e empatia por todos aqueles citados.
Sobre a obra
Um manifesto poético-político-solidário, rimas soltas, duras, fluidas, transcritas... Sem muita técnica ou métrica perfeita, apenas surgiu, simples assim, de dentro de mim.
Sobre o autor
Escrever, pra mim, é um modo de falar daquilo que as vezes me corrói por dentro, é quase como se vomitar a dor.
Como que se a dor fosse dividida entre mim e aquele que lê, aliviando meu fardo.
E também em uma tentativa, quase que inconsciente, de transformar minha tristeza em revolta e protesto!
Autor(a): CLARICE DA SILVA WEISHEIMER ( Clarice S. Weisheimer)
APCEF/PR