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A saga "dominados" e "dominadores": Hiroshima e Nagasaki relembram o terrível lançamento das bombas atômicas pelos norte-americanos.


Por que a energia nuclear é uma fonte de energia tão cobiçada nos dias atuais? Por que tanto se teme uma guerra termonuclear? Estas são perguntas de difícil resposta.

Sabe-se, porém, que há investimentos na ordem de trilhões de dólares em todas as partes do mundo para projetos nucleares.

Também, pode-se dizer que há uma polarização mundial em torno da pesquisa, produção e desenvolvimento da energia nuclear, e é contesta por diversos países não detentores da tecnologia, que reclamam a "perda de soberania" e almejam explorar um programa nuclear com fins "pacíficos".

A aplicação prática da tecnologia nuclear, para fins bélicos, atingiu o ápice de irracionalidade humana após o lançamento das bombas nucleares nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, no final da Segunda Guerra Mundial.

O poder destrutivo das armas nucleares é uma ameaça constante à estabilidade mundial e a convivência democrática entre as nações.

Uma guerra termonuclear seria, indubitavelmente, a extinção da vida no planeta terra.

Sobre a energia nuclear, ela evoluiu com os estudos do alemão Albert Einstein, na primeira metade do século XX.

O mais notável gênio alemão possibilitou o desenvolvimento da produção da energia atômica ao conseguir resolver a fórmula E= m.c²; ele conseguiu desencadear, na massa do urânio, uma grande reação nuclear em cadeia, que geraria vastas quantidades de "quantum", além de grandes porções de novos elementos com propriedades radioativas.

Einstein, entretanto, advertiu o uso da energia nuclear em artefatos bélicos à comunidade científica e em carta endereçada ao presidente norte-americano Franklin Roosevelt, mas não foi possível abortar o ataque, pois ações de autoafirmação são necessárias em uma guerra.

Assim, após anos de pesquisa e desenvolvimento, os E.U.A tornaram-se uma grande potência nuclear, desde a Segunda Guerra Mundial até os dias atuais, após sucessivos investimentos em um programa nuclear.

O paradoxo da armas nucleares trouxeram um profundo descontentamento ao cientista alemão, que afirmou que, se soubesse do intento, gostaria de ter sido um simples sapateiro.

Em um mundo em que as intolerâncias religiosas, étnicas, raciais e culturais são cada vez mais constantes, a paz mundial está em perigo iminente. Por isso, a saga “dominados” e “dominadores” é um liame entre a racionalidade e irracionalidade humana.

Nesse contexto, a energia nuclear atinge importância ímpar, pois no conflito ideológico pelo poder surge entre a penumbra da conspiração.

E, se pensarmos que tudo é conspiração, não teríamos nada além que a simples vontade de viver, logo que essa é única forma de ser um individualista inconsequente.

Após doses midiáticas pequenas, o cérebro humano nos desperta sensações de medo, alívio, preocupação, alerta, fúria, desespero, diante dos acontecimentos do mundo.

Mais de 180 (cento e oitenta) mil pessoas foram mortas com os lançamentos pelos americanos das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Além das mortes instantâneas, houveram muitas outras mortes por mutações genéticas sucessivas, ao longo dos anos, devido à exposição de seres vivos aos elementos radioativos.

Mas não é só isso: um lançamento de uma bomba nuclear atinge uma área em um raio de 10 (dez) km² , causando praticamente a destruição de toda a flora e fauna, além de provocar queimaduras de 3º (terceiro) grau em seres humanos.

A geopolítica e geoestratégia nuclear no mundo atual

É sabido que ter uma política nuclear estável é uma forma de ser aceito e respeitado no grupo de países desenvolvidos, porque é assim que se é menos vulnerável ou mais perigoso. Mais temido e mais desenvolvido.

Os avanços sociais que a energia atômica proporcionam são as causas menos importantes: produção de energia elétrica e combustível; o uso médico, industrial ou a exploração espacial.

Em alguns países a matriz energética ainda é incipiente e inadequada ao seu modo de produção, e a tecnologia nuclear surge como uma grande opção, pois seu impacto ambiental é muito pequeno (mesmo com o problema do lixo atômico), em relação às outras fontes, sendo considerada a fonte de energia mais limpa do planeta segundo cientistas.

Contudo, as estratégias geopolíticas dos países desenvolvidos dominam o cenário de medo em que se vive atualmente.

A Organização das Nações Unidas (ONU) convivem com o a interferência e o desmando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), considerado um órgão quase setorial e apenas reflete os interesses das grandes potências, que constantemente influenciam nas decisões do grupo.

Os países desenvolvidos dominam a tecnologia nuclear e refletem todos os dias a vontade de combate a produção e desenvolvimento de pesquisas nucleares com fins de atingir a “paz mundial”.

Os países em desenvolvimento, porém, procuram, de todas as formas, entrarem no cenário mundial da política nuclear. Muitos deles têm parte da população vivendo em estado de absoluta miséria, como a Coreia do Norte, Rússia e Índia, mas mantêm cifras de bilhões de dólares aplicada em desenvolvimento pesquisa nuclear.

No Brasil não é diferente, desde 1940 o governo brasileiro desenvolve projetos para construção de usinas nucleares. Rico em potencial hidrelétrico e outras energias sustentáveis, o projeto Angra torna-se desnecessário e foi liderado apenas por empresários, políticos e cientistas vinculados às grandes potências, ou seja, interesses travestidos de objetivos energéticos, mas não passam de interesses para criação de artefatos bélicos.

Os tratados de não proliferação de armas nucleares, segundo vários chefes de Estado, não passam de uma das farsas inventadas pelos países desenvolvidos para dominação econômica, a fim de impedir que outros países também se desenvolvam.

É ineficiente a política pacificadora adotada pela Organização Internacional de Energia Atômica (IEA), pois defende a fiscalização, embargos e sanções de política nuclear seletiva, mas se omite na fiscalização dos maiores produtores de energia nuclear do mundo, que são quem financia a agência.

E por que os países em desenvolvimento defendem a política nuclear entre si? Por que os países que dominam a tecnologia nuclear combatem a produção, pesquisa e desenvolvimento nuclear de outros países? O fato é simples: Como consolidar uma política nuclear sem combater o direito das outras nações de produzir energia nuclear? O fato que a tecnologia mencionada cria ameaças generalizadas ao mundo globalizado.

Não se pensa como a Coreia do Norte conseguiu evoluir na produção, desenvolvimento e pesquisa de energia nuclear. Mas sabe-se que a Rússia detém a tecnologia e a China tem um ambicioso projeto nuclear.

A transferência da tecnologia nuclear para países em desenvolvimento pode gerar bilhões de dólares ao redor do mundo e é requisitada pelas mais diversas nações, independente do espectro político.

O jogo da política nuclear é perigoso e silencioso. Os “dominadores”, que são vistos como “anjinhos”, podem ser os vilões da história futura. Os “dominados” resistem ou apenas esperam que as estratégias militares prosperem e provoquem mais desenvolvimento, menos miséria, mortes e mentiras.

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Inspiração

A ideia surgiu em 2010 após a memória do aniversário de 65 anos do lançamento pelos norte-americanos das bombas de Hiroshima e Nagasaki.

Já se passaram quase uma década e o assunto ainda é muito discutido na atualidade. Estamos prestes a completar 75 anos do lançamento das bombas nucleares.

Sobre a obra

A crônica é um relato cotidiano sobre os acontecimentos que massacraram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, depois de 65 anos do lançamento da bomba.

A preocupação de uma guerra termonuclear ainda é latente.

Sobre o autor

Meu nome é Pedro, do agência PA Justiça Federal, na cidade de São Luís, estado do Maranhão.

Participo do Talentos desde 2018.

Autor(a): PEDRO JADER BANDEIRA SOUZA ()

APCEF/MA