Acorda, Brasil!

Grita Brasil!
Abre teu peito,
Mostra teu coração dilacerado,
Cansado de tantas lutas inglórias!
Grita tua fome de justiça e de pão,
Grita tua ânsia de paz,
Grita tua indignação,
Não cala a tua voz!
Que povo é este,
Que ri de si mesmo,
Que ri de sua própria miséria,
Que aceita a fome, a dor e a injustiça?
Grita meu povo!
Acorda, é hora!
Olha o que é feito de teus amados filhos!
Abandonados à própria sorte,
Sem chão,
Sem teto,
Sem sonhos!
Solta o grito preso em tua garganta,
Solta teu grito de paz,
Solta teu grito de fé!
Não te deixes enredar por falsos profetas,
Cheios de falsas promessas,
Arautos de falsas esperanças,
Senhores incautos de si mesmos.
Busca teu caminho, meu povo!
Busca tua verdade,
Ouve teu coração!
Não menosprezes tua força,
Não negues tua origem,
Não esqueças tua história,
Não deixes que apaguem tua memória.
Lembra-te que nascestes para a felicidade!
Não te contentes com menos.
Chega de mentiras.
Acorda, é hora!

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Inspiração

Escrevi essa poesia há muitos anos, movida pela indignação diante do sofrimento de nosso povo.

Sobre a obra

Pura inspiração.

Sobre o autor

Sou muito ligada às artes em geral, especialmente a literatura e as artes plásticas, embora também goste de música e cinema.
Quando escrevo poesias, em geral, não trabalho de forma estruturada. A poesia vem surgindo, em um fluxo ininterrupto.

Autor(a): SIMONE VIEIRA DITTRICH ()

APCEF/DF