Um adeus, um lamento, um clamor, um sofrimento. Como partir sem sofrer? É como ir viajar, passear, uma despedida breve, um até logo.
Vivi, descobri, me perdi, compartilhei, esperei, me reencontrei. Quando solteira buscava companhia, uma cara metade, um amor intenso, um sentimento único, verdadeiro. Hoje vivo realizada, amada, completa, com minha família reunida e aumentada. Hoje sou esposa e mãe, sou amada. Mas sinto que a hora de partir de entes queridos tem me entristecido, angustiado e me atingido.
Como reagir, como definir atitudes, como aceitar, como resignar? Não temos como impedir, controlar, alterar, aumentar ou diminuir. O tempo não nos pertence, não podemos controlar seu término, apenas podemos vivenciar.
A hora chegou, nosso corpo avisou, falência completa dos sonhos, dos movimentos, dos sentimentos. Agora é o fim, para onde vou? Sozinho estou nesta jornada finalizada. Promessas tenho de um lar vindouro, de grande esperança, de uma mudança única, sem volta, sem troca de experiências. O que acontecerá? Como será?
Não temos as respostas a não crer que existe um Deus que tudo vê. Ele prometeu e com fé confiamos que um lar reservou para aqueles que nEle esperou. A hora chegou, despedidas feitas, situações resolvidas, agora vou para uma nova jornada, uma caminhada solitária para o desconhecido para o infinito.
Um adeus, um lamento, fica aqui meus sentimentos.