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Sujeira
Minhas pálpebras queriam se fechar,
Meus reflexos não eram mais os mesmos,
Eu não conseguia nem ao menos enxergá-la,
E ela sentara a um metro a minha frente!
Tentava acelerar aquele motor,
Imaginava que quanto mais rápido eu chegasse,
Mais rápido eu poderia descansar, dormir.
A carga era muito pesada,
Mas eu sabia que apenas eu poderia dirigir o caminhão condutor,
Entre uma e outra curva,
Imaginava o tamanho do peso,
A quantidade de objetos, de histórias,
De memórias que estavam sendo construídas
Por meio daquele pesado carregamento...
O peso da pápebra era maior que eu poderia supertaar,
Mas eu estava ali, lutando para manter-me!
Não conseguia ver,
Não poderia enxergar já havia perdido a consciência.
E na última curva o caminhão reto avançou.
E um barraco encontrou.
Acordei sobre os escombros.
Olhei para a carreta e os objetos estavam caídos, destruídos.
A dor me transbordou. O que eu fizera?
Tentei me levantar,
Mas já não mais me sentia.
Apenas a minha mão se movia.
E para o mundo ela encolhia
Coberta de cacos e sangue
Uma sujeira ela escondia.
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Inspiração
Adoro esse poema, ele custou muito para se formar. Mas ká está ele.
Sobre a obra
Falar de corrupção sem falar dela.
Sobre o autor
Ser escritor é escrever. Apagar. Escrever. Apagar. Receber críticas. Frustrar. Reescrever tudo. Apagar. Escrever. É isso, por meio de trabalho duro surgem as obras.
Autor(a): GUSTAVO ARANHA DA SILVA SOUTO ()
APCEF/DF
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