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Espera
Espera
Quando escuta o portão abrir,
acorda assustada.
Seu coração começa a sorrir,
E corre até a porta apressada.
Boa tarde, como foi seu dia?
Tanta coisa para contar:
Fantasia, melodia, euforia.
Passou o dia por ele a esperar.
Um abraço apertado
é o que ganha na entrada.
Diz que está cansado,
que vai tomar uma chuveirada.
Ela entende, vai aguardar.
em frente à TV, calada,
espera o banho terminar
no sofá da sala, sentada.
Finalmente ele vem, perfumado,
joga-se no sofá para descansar.
Ela pousa a cabeça no amado,
ele afaga seu pelo sem pensar.
Sem pensar nesse amor canino.
Sem cobrança,
Mesmo sendo feminino,
sem exigência de aliança.
Inspiração
Cães, os meus cães. Eles esperam por mim sempre. Mesmo que eu vá apenas ao mercado da esquina, na volta me recebem com uma festa tão grande que até parece que fiquei fora um mês. O amor deles não tem tempo, hora, dia. Não exigem nada além de um afago.
Sobre a obra
Usei a escrita com emoção. Demonstração de sentimento em palavras com rima ou entonação.
Sobre o autor
Depois da aposentadoria, passei para a fase escritora. Escrevo todos os dias e estou no meu 100º livro. O meu primeiro livro de crônicas surgiu de uma promessa: "quando me aposentar, vou escrever um livro sobre os divertidos episódios que vivi no caixa". Então cumpri a promessa e publiquei Memórias de um caixa da Caixa. Não parei mais.
Autor(a): RAIMUNDO RODRIGUES SOBREIRA NETO ()
APCEF/PR