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A procissão
A PROCISSÃO
Am
Primeiro acharam que o tal
Que em tempos remotos,
Parecendo ser humilde, era um santo
Colocaram ele então num andor e puseram-se a carrega-lo em devoção
E assim seguiu por tempos essa procissão, entoando contrita os seus cânticos de louvação.
Mas súbito, o santo escorregou do andor
Caiu no chão e mergulhou na lama
De tão pasmos, nada lhes ocorreu de melhor
Que não levantar o santo e recoloca-lo
No andor
Que fazer? Esse santo caiu mas era melhor
Continuar carregando-o com o mesmo fervor
Porém se acostumaram com o peso do andor
E ao infindável arrastar da procissão
Sabendo que o santo que julgavam santo
De barro é e está enlameado
Mas teimam em carrega-lo como sempre fizeram. Nada de melhor por fazer lhes ocorre.
- Santo sois, santo sois, dai-nos vossa benção. Lançai sobre nós o vosso maná! – cantam num mantra infindável.
E assim segue a procissão
se arrastando como cobra pelo chão (3x)
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Inspiração
Essa musica deriva da deificação que a sociedade aplica para a classe política, ficando muitas vezes cega e robotizada, diante das artimanhas dos seus lideres.
Sobre a obra
Primeiro me vem a inspiração melódica e depois, ao ler noticias de jornal, me veio a inspiração da letra.
Sobre o autor
Sou aposentado Caixa, e sou músico tecladista e cantor, desde 1975. Também toco um pouco de violão
Co-Autor(es)
Intérpretes
Integrantes
Autor(a): FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA DE SOUZA ()
APCEF/RN
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