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Os invisíveis
Os invisíveis
Quase ninguém os vê
Mas eles estão por toda parte
Pedindo de tudo um pouco
E tem quem os vê e em alguns bate
Os pés descalços e as roupas sujas
A cara faminta e o olhar tristonho
Andando sem rumo e sem futuro
Longe da luz e sempre no escuro
A briga pelo comer junto aos ratos
Enquanto muitos desdenham nos pratos
Jogando fora o que consideram sobra
E a sobra de alguns é o tudo que pra eles importa
Nas portas de casas e nos semáforos
Padarias, supermercados e sacolões
Crianças no colo e nas barras das saias
Pegando as migalhas e revirando os lixões.
Marcelo Durão
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Inspiração
A ideia de escrever este poema me veio das observações que faço das pessoas que transitam pelas ruas e calçadas e, muitas vezes, são ignoradas e nem percebidas pela população.
Sobre a obra
Fazendo as observações mencionada acima, passei a tentar passar para o papel o sentimento que percebo em muitas pessoas, menosprezando os miseráveis.
Queria tentar relatar que o que muitos de nós trata como lixo e algo descartado, pode ser o único alimento do dia de alguém.
Sobre o autor
A muitos anos que escrevo muito informalmente. Me casei em 2001 e de tempo em tempo escrevo alguma coisa para minha esposa.
No início da pandemia me arrisquei e escrevi um romance, mas ainda não tive oportunidade de publicá-lo.
Recentemente comecei a escrevi poesias um pouco mais trabalhadas e participo deste festival pela primeira vez.
Autor(a): MARCELO ANDRADE DURAO (Marcelo Durão)
APCEF/MG