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ALÍVIO
ALÍVIO
QUAL TÊNUE SERENO EM TÓRRIDO DESERTO,
UM BOM MOMENTO A MIM É GOTEJADO.
QUANDO DO FÔLEGO DE VIDA ESTOU CANSADO,
O OLHAR DIVINO VEM MIRAR DE PERTO.
COMO UM ESCRAVO PERANTE SEU FEITOR,
A SUPORTAR DO LÁTEGO, O CASTIGO,
VIVO A TER NA LÁGRIMA UM AMIGO,
E UMA ESPOSA FIEL QUE É A DOR.
E É ASSIM, DIA E NOITE A FIO,
NESTA OUSADIA LOUCA DE SONHAR,
SEMPRE A VIVER NESTA TRISTEZA- UM MAR.
E A SONHAR EM SER FELIZ - UM RIO.
MAS NESTE GOTEJAR DE TÃO POBRE RIQUEZA,
A SEDE DE MINH'ALMA SEMPRE COMBALIDA,
SE VÊ SACIADA DA FONTE DESTA VIDA,
QUE COM GRÃOS DE AREIA, REVELA SUA BELEZA.
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Inspiração
Em um tempo muito difícil em minha vida, tive uma vitória muito grande, e isto foi como um novo fôlego de vida assoprada em minhas narinas profundamente depressivas. Sem ter com quem compartilhar meus sentimentos, a Arte sempre me ouviu fielmente...
Sobre a obra
Esta obra foi feita no estilo Byroniano, Ultrarromântico, da segunda geração romântica (segunda parte do Séc. XIX), no qual fizeram parte Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Fagundes Varella e outros notórios. Cujas características passam por consciência da solidão, tristeza e outros sentimentos afins.
Sobre o autor
Desenho e exploro outros estilos de arte desde criança. Sempre preferi gastar meu tempo conversando com as artes do que brincando na rua. É minha forma de conversar com meu interior e com o mundo.
Autor(a): PAULO SERGIO SOUZA AZEVEDO (Paulo Azevedo)
APCEF/MS
