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O Lobo
Embora celibato
Sua paixão inconstante alimentava pecado.
Impregnado de hipocrisia
Era a pureza em si que ele vendia.
Mas o grito da carne em chamas
Clamava por liberdade e desejo.
Era o pecado que ele abraçava
Para escapar da dor e do receio.
Caiu no abismo da própria mentira
Na fuga insensata de sua contenda.
Era tão profano como se dizia
E o celibato não era mais sua emenda.
No desespero deste vício
Buscou refúgio na dor do arrependimento.
Gritou ao céu por um resgate
Por um amor que lhe trouxesse alento.
Com lágrimas de redenção
Saiu da prisão da inconstância.
Renunciou o caminho sem direção
E encontrou a paz na sua concordância.
Ainda luta contra as tentações,
Mas agora tem um coração verdadeiro.
Não esconde mais suas imperfeições
Não se camufla em pele de cordeiro.
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Inspiração
A arte/obra não deve ser explicada, mas sim sentida. Cada um pode ter uma percepção diferente, de acordo com as suas vivências e emoções. Uma mesma obra pode ter múltiplas interpretações e despertar sensações diferentes em cada indivíduo. A beleza da arte está em despir-se de rótulos.
Sobre a obra
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Sobre o autor
Uma eterna aprendiz.
Autor(a): ANDRESSA PACHECO BULHOES (Andressa Pacheco)
APCEF/BA
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