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o Menino e o Mar
Pedro era um menino que vivia em uma pequena vila de pescadores à beira do mar. Sempre foi fascinado pelo oceano, com sua vastidão e mistério, observando as ondas quebrarem na areia e os barcos voltarem carregados de peixes.
O avô de Pedro, um velho pescador sábio, costumava contar histórias sobre as aventuras no mar, falando de tempestades ferozes, criaturas marinhas e tesouros perdidos. Mas o que mais encantava Pedro era a ideia de que o mar tinha uma alma, uma essência própria, que podia ser sentida se você prestasse bastante atenção.
Um dia, decidido a explorar o mar por conta própria, Pedro construiu uma pequena jangada com troncos de madeira e cordas. Ele sabia que o avô desaprovaria, mas sua curiosidade era mais forte. Assim, numa manhã em que o sol mal tinha surgido no horizonte, Pedro empurrou sua jangada para a água e começou a remar.
O mar estava calmo, quase como se estivesse convidando Pedro para uma conversa. Ele remou até onde não podia mais ver a costa, cercado apenas pelo azul profundo. Ali, ele parou e ficou em silêncio, ouvindo o som do mar.
De repente, algo extraordinário aconteceu. As ondas começaram a se mover de forma diferente, como se o mar estivesse falando com ele. Pedro sentiu uma conexão profunda, uma sensação de que o oceano estava vivo, que o conhecia. Não era uma voz, mas uma presença que o envolvia.
Nessa quietude, Pedro compreendeu o que o avô sempre tentava ensinar: o mar não era apenas um corpo de água, mas uma força poderosa e misteriosa, cheia de vida e histórias. Ele sentiu respeito e gratidão, percebendo que não precisava de aventuras perigosas para conhecer o mar. Bastava escutá-lo com o coração.
Depois de um tempo, Pedro decidiu voltar. Enquanto remava de volta à costa, o sol brilhava intensamente, como se o mar estivesse se despedindo dele com um sorriso. Quando finalmente pisou na areia, o avô estava esperando, com um olhar que dizia que ele sabia exatamente o que Pedro havia descoberto.
A partir daquele dia, Pedro continuou a ir à praia, mas agora com um entendimento diferente. Ele não precisava mais de aventuras grandiosas; apenas sentar-se à beira do mar e ouvir suas histórias era o suficiente. Ele havia aprendido que o verdadeiro tesouro estava na sabedoria e no respeito pelo que é maior que nós.
E assim, Pedro e o mar se tornaram grandes amigos, compartilhando silêncios e segredos, em uma amizade que duraria para sempre.
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Inspiração
A inspiração surgiu quando capturei no celular um momento de contemplação entre o Menino e o Mar. A história conta uma jornada interior, onde Pedro aprende algo profundo sobre a vida, sem precisar de grandes feitos heroicos, assim, a inspiração veio da ideia de respeito pela natureza
Sobre a obra
Penso no mar como uma força poderosa, cheia de mistérios e aventuras. Quis que o menino, representasse a curiosidade natural das crianças, enquanto o mar simbolizasse uma entidade sábia e vasta, cheia de segredos. A presença do avô, um velho pescador, serviu para conectar a sabedoria das gerações anteriores com a experiência pessoal do menino
Sobre o autor
escrever é uma maneira de dar vida às minhas ideias.
Autor(a): CAROLINNE EVANGELISTA (Carol Evan)
APCEF/SE
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