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Hematomas do Passado
HEMATOMAS DO PASSADO
Braz de Almeida
Do teu olhar, soda cáustica
Desce metamorfoseando
lágrimas vadias,
Furando o meu olhar com floretes, punhais em brasa
Rituais duma negra magia.
Há fúrias desabrigadas
Da silhueta
Ferina. Viperina,
Destruindo destinos.
Há no teu olhar a perfídia
Inconteste das tramas surdas
Absurdas e contundentes .
Não há sorrisos entredentes,
Há o desejo manifesto de destruição na mão ímpia,
Disfarçada em volúpia.
Há, por fim, em meu corpo cansado,
Cicatrizes de hematomas do passado .
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Inspiração
Uma retrospectiva de um passado que pode acontecer com qualquer pessoa, como uma transpsição do ego para o exterior.
Sobre a obra
Um poema marcado por traços doloridos do passado, com rimas espalhadas sem definir uma ordem específica e rítmo quebrado como se as ondas do passado se interrompessem, motivando reflexões.
Sobre o autor
Poeta, compositor e letrista. Premiado no último FENACEF na qualidade de música,em sua fase estadual.
Autor(a): CICERO BRAZ DE ALMEIDA (BRAZ DE ALMEIDA)
APCEF/CE
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