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Corre Corre
Corre Corre
Corre corre do dia, a vida a apressar,
Um trabalhador brasileiro, sem tempo pra parar.
Com a rotina pesada, entre o lar e o trabalho,
Os filhos chamam,ele diz depois.
Acorda antes do sol, café mal tomado,
Rumo ao batente, seu sonho adiado.
O relógio é um tirano, não dá pra relaxar,
Enquanto a família espera, ele não pode ficar.
A criança que pergunta: “Pai, quando você vem?”
E a esposa que suspira, por um momento também.
Mas o peso da grana, das contas a pagar,
Toma todo o seu tempo, não dá pra descansar.
Almoço corrido, mal dá pra mastigar,
A saúde em segundo, quem tem tempo pra cuidar?
O corpo vai pedindo, um respiro, um carinho,
Mas ele segue em frente, sem tempo pra um caminho.
E quando chega a noite, exausto e a sonhar,
Em vez de estar em casa, ele sonha em trabalhar.
O corre corre é eterno, um ciclo de aflição,
O trabalhador brasileiro, uma triste canção.
Se ao menos houvesse, um tempo pra brincar,
Pra abraçar os filhos, pra vida celebrar.
Mas no corre corre avante, ele se esquece de si,
E no fundo da alma, a saudade a persistir.
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Inspiração
Tenho amigos que trabalham muitas horas por dia e ainda perdem um tempão no transporte e falta tempo pra familia, lazer e estudo. Correm pra pagar as contas e nao cuidam da saude.
Sobre a obra
Quero retratar a vida de um trabalhador que fica no corre corre. Busquei palavras e rimas que relatasse esse dia a dia.
Sobre o autor
Um cara de bem com a vida, encaro tudo com muito otimismo, mas com os pés na realidade.
Autor(a): GILSON CABRAL DE SOUZA (Gilson Cabral)
APCEF/PE