Mês passado comprei um JBorges E pei bufo, eita pau, ele morreu Foi encontrar com Marilia de Dirceu E Gonzaga que atente pros alforges Romero, arrume uma espada de São Jorge Que agora vou querer um quadro seu O bom Brito não berra, fariseu E assim eu vou limpando a nação Ariano não merece a maldição Aldemir que tava aqui gato comeu
Mas agora que carrego essa foice Ajeita a fila, se apruma que lá vai Vapt vupt balança mais não cai montei na burra, mas eu que dou o coice (Ô preguiça de ficar assim atoice!) Minha viola, larguei lá em Iguatu Chico da Silva desenhou um papangu Minha flor foi e limpou com uma cebola Brennand no marco zero fez uma rola É meia rima, não tem jeito, pronto: cu!
Soprei na venta do Mestre Vitalino Rabequeiro toca ai algo pra gente Belchior, não tem mais diabo que aguente Homem não peida onde tem cão e menino Blem blem blem desafina assim o sino E as beatas ruminando a procissão Eu vou botar esses versos pra leilão Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhes três Pescoçuda vai ali pro meu freguês Zé Limeira deu três voltas no caixão
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Inspiração
A partir da leitura de Zé Limeira, o poeta do absurdo.
Sobre a obra
Um passeio pelo pequeno acervo de obras que temos em casa, uma história fantástica toda calcada em fatos reais.
Sobre o autor
Comprei um Talento de avelã, mas me arrependi. Deveria ter continuado com o meio amargo.
Autor(a): PAULO ROBERTO PEREIRA DE ARAUJO (Paulo Araujo)