Meia hora

Fiz tamanha estripulia
Em questão de meia hora
Peguei o som da Bahia
Levei pra Juiz de Fora.
Carreguei de Minas Gerais
Pão de queijo, doce de leite
Brindei o Acre e Goiás
Do sul, eu levei azeite.
O acarajé de Salvador
Foi pra Santa Catarina
Em prol de ter mais calor
Com o clima de Teresina.
As terras do Centro-Oeste
O pasto, os grãos e o gado
Reparti com o Nordeste
Ao agreste, acrescentado.
No Distrito Federal
Pus o Cristo Redentor
Em Santo Antônio do Pinhal
O pôr-do-sol do Arpoador.
Semeei a Amazônia
Do Oiapoque ao Chuí
Resgatei do Brasil Colônia
O ouro que tinha aqui.
Com a seca de cada lugar
Compartilhei o Pantanal
Trouxe dunas e o mar
Pra São Paulo, Capital.
Espalhei pelo Sudeste
Pelo Sul e pelo Norte
Centro-Oeste e Nordeste
Boas crenças e a sorte.
Meia hora em questão
Não tinha mato queimado
Não tinha inundação
O clima foi recuperado.
Pulmão do mundo curado
Trouxe à tona a esperança
Tudo junto e misturado
Numa potente aliança.
Em minutos de utopia
Com préstimos da razão
Fiz o Brasil que eu queria
Recuperei a Nação.

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Inspiração

A tristeza proporcionada pelas queimadas, inundações, pelo sofrimento de tantas vítimas das atrocidades que poderiam ser evitadas somada à esperança de que o bom senso prevaleça.

Sobre a obra

Coloquei no papel, através das rimas, um sonho quase real de uma Nação, onde todas as partes se unem numa troca constante de valores, conforme as necessidades.

Sobre o autor

Trabalhei durante trinta anos na Caixa e hoje estou aposentada. Cursei Matemática e gosto de escrever de maneira simples e clara sobre o codidiano, as pessoas e principalmente sobre prioridades, na maioria das vezes, retratando minha personalidade.

Autor(a): Claudia Casseb Casagrande (Liz)

APCEF/SP


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