Uma Crônica aos 45

Uma crônica aos 45

Fim do primeiro tempo…Início do segundo…15+15+15…
Debutante pela terceira vez
3x15…
45…

Há muitas maneiras de observar um número. Especialmente quando ele representa um tempo.
Uma delas é sobre o tempo passado
E a outra sobre o tempo futuro
Mas o que importa é o agora, o hoje, o meu hoje.
Há quarenta e cinco anos atrás eu começava a maior de todas as jornadas. A minha jornada.
E de repente, lá se foi o primeiro tempo. 45 anos, 540 meses, 16.425 dias, 394.200 horas e tantos outros infinitos que se pode contar sobre um certo tempo, neste caso, o meu tempo
Mas, uma nova etapa começa agora.
Talvez seja mais simples fracionar o tempo. Esse tempo que às vezes é tão implacável. Que quase sempre, não dá pra nada.
Que passou sem que eu pudesse perceber.
E que continua seguindo um fluxo contínuo, como as águas fluídas de um rio. Que segue por um caminho sem considerar os obstáculos. Na impossibilidade de atravessar, ultrapassa. De um jeito ou de outro. Sempre em frente. Avante. Nunca pára. Deixando rastro, semente e memória.
O quadragésimo quinto inverno chega ao fim e começa mais um ciclo. Ainda nessa estação que me trouxe ao mundo, pela primeira vez. Talvez minha estação de chegada, seja a mais fria. Mas na vida inteira houve muito calor para esquentar os dias frios. Muitas flores para enfeitar a janela. E uma quantidade surpreendente de folhas secas boas de pisar em todo o caminho.
Com isto eu sou profundamente grata por estar aqui e celebrar mais um dia. Mais um fechamento e início de ciclo.
Mais uma chance de ser melhor e de amar a vida, mais uma vez, pelos próximos segundos, minutos e horas que me forem designados.
Eu recebo e agradeço!

Feliz 45 anos para mim!
Porque ninguém melhor que eu para desejar-me o bem.

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Inspiração

Completei 45 anos esse ano no último dia 10//08 e acordei inspirada a escrever para mim, sobre o meu tempo vivido e nasceu esta crônica que é autobiográfica. Um presente de aniversário que a inspiração me deu.

Sobre a obra

Eu escrevo com o coração e de rompante. A ideia vem e tenho que colocar no papel senão passa, muda, vira outra ideia. Por isso sempre uso o notas do celular para salvar os insights que depois viram texto, conto, crônica, poesia, romance. Essa crônica saiu do dia do meu aniversário enquanto eu me preparava para escrever um texto para postar.

Sobre o autor

Comecei a escrever na pandemia para desabafar os medos de uma mãe no caos. Dali não parei mais, já estou no sexto livro publicado e não sei parar.
Gosto de escrever sobre a vida e o que me toca, romances são minha paixão, depois dos meus filhos.
Saiba mais de mim e do meu trabalho no Instagram @estreiademae

Autor(a): ADRIANA CRISTINA DE ALMEIDA FIGUEIREDO (Adriana C. A. Figueiredo )

APCEF/MG