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COMO MORRE UM POEMA
COMO MORRE UM POEMA
A missão que o destino me legou
Não foi pela paz nem por um só dia;
Por mais que eu tente nessa estreita via,
A discórdia em minh'alma se firmou.
Recluso, penso o que me abalou,
Da obra-prima, sequer nasceria,
Do vento a grande e imensa ventania,
Que o processo criativo então cessou.
A solitude, aos poucos, escapou,
O barulho crescente foi ficando,
E a provação dos tolos martelou.
Sem livre arbítrio, tudo se findou:
Sem paz de espírito reinando,
A frustração, no fim, se manifestou.
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Inspiração
O soneto “Como Morre um Poema” apresenta uma reflexão profunda sobre o complexo processo criativo e a frustração que acompanha sua interrupção.
Sobre a obra
Através de uma estrutura clássica de quatorze versos decassílabos, com rimas ABBA ABBA CDC DCD, narro a dissolução gradual de um ideal artístico.
Sobre o autor
Comecei a trabalhar na CAIXA em 1989, em Teresina (PI), mas sou natura de Itambé (BA). Sou formado em Direito e Contabilidade, mas sempre gostei de ler e escrever. Agora, aposentado, espero realizar o sonho de externar minhas meditações sobre a vida e a humanidade.
Autor(a): FRANCISCO MIGUEL DE MOURA JUNIOR (Miguel Júnior)
APCEF/PI
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