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Atraves da tela
Através da Tela
Era uma tarde linda de domingo em uma cidade cheia de praças e quadras, além dos campinhos de futebol formados em terrenos baldios.
Um dia propicio para sair de casa e aproveitar.
Mas tudo está vazio, exceto os bancos das praças que estão ocupados por jovens com seus olhares fixos nos aparelhos de brilho reluzente.
Ali seus dedos deslizam freneticamente como se só existisse o ser e a tela.
Em alguns bancos uns dois ou três pareciam amigos, mas não havia troca de palavras. Era perceptível que o mundo naquela tela era mais interessante.
Lembrei-me então de quando era adolescente. Os campinhos formados pelas nossas pisadas no lavrado eram o nosso playground. As brincadeiras nos faziam explorar, reinventar, viver momentos de grandes histórias e alegrias.
Todas as tardes livres eram momentos de aventura que nos deixavam exaustos e sujos na volta para casa.
Hoje, as aventuras digitais substituíram os pés descalços, os ralados nos joelhos, as memórias e gargalhadas com os amigos.
A tecnologia é uma ferramenta excelente que deve ser dosada.
As telas nos transportam para um mundo de conhecimento, mas não substituem a presença de outras pessoas, os pés descalços na areia, o cheiro da chuva, a brisa do vento no rosto, a alegria de correr e brincar com os amigos presencialmente, ao vivo e não através de uma tela.
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Inspiração
A inspiração veio justamente de um passeio a tarde e observação do comportamento de adolescentes na praça
Sobre a obra
Esta crônica relata uma critica a situação atual que estamos vivendo. Os lugares que deveriam ser usados para diversão, estão sendo usados para outro fim.
Sobre o autor
sou mãe, bancaria e pedagoga que ama escrever
Autor(a): JANAINA DE SOUSA ARAUJO (Janaina araujo)
APCEF/RR
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