Quarentena

Quarentena
Enclausuro-me
E isso já basta
Não preciso desse mundo
Loucuras, insanidades
Coisas sem nada

A dinâmica do meu cérebro
Exige dias otimistas
Idéias, ideais
Comprometidas com a vida

A construção da minha alma
Dispensa a hipocrisia do mundo
Quero amor, quero a paz
Odeio a guerra, não quero luxo

Não vulgarizo o cotidiano
Nem gosto de pessoas vulgares
Não banalizo coisas
Nem coisifico banalidades
Às vezes me animalizo
Só pra brincar com meu cachorro
Ou pra cuidar dos passarinhos
Mas não me trate como um animal
Me deixe aqui
No meu cantinho

Meu horizonte cresce
Minha mente,
Imensidão
Cada vez que escuto o silêncio
Dialogando com a solidão

Intolerante?
Talvez intolerável
Nesse mundo louco que vivemos
Na clausura do meu tempo
Me deixe, eu me basto
Na minha solidão
Em mim

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Inspiração

Durante a pandemia vi-me obrigado a ficar isolado do mundo, pois meu pai tratava um câncer. Certo dia vomitei essas palavras e as organizei em estrofes, espero que gostem!

Sobre a obra

Revolta e solidão foi o que motivou essa poesia!

Sobre o autor

Sou um bancário feliz, um filho dedicado e um pai apaixonado por por minhas 4 garotinhas!

Autor(a): FRANCISCO WELLINGTON CHAVES FILHO (Wellington Filho)

APCEF/MT


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