CASO ENCERRADO





A musa que nunca foi, foi, foi, foi, massa, mínima, música. Que nunca foi, foi, foi, foi, mímica, máscara, máxima. A musa que nunca se acha, se passa por te, passaporte pra Lisboa, a musa que nunca foi halo, elo, Helô. Senhora, senhor, alô, alô, favor me dizerem onde ela está? Musa que há, aqui, ali, acolá? Onde ela foi se foi, foi, foie grás? Quem a flagrou, fragrância, luz, lume, gás? Liame, ululante, ulalume, ululame? Chame, ó me chame... Seja quem for essa musa confusa, difusa, intangível, inconsútil, musa inútil, de dentro, de fora, da flora da hora, de ontem, totem, tabu, tábula rasa que sente, fábula inocente, lenda semovente. A musa que nunca foi, foi, foi, foi... Somente na mente etérea, diáfana, que afana a fama, afia a chama da vela, ó vê-la se havia onde houver, ou se há a sua a minha suada fantasia, cio de cear o imaginário, tear de uma mulher sem nome, que é fome que some na alma sem fim, em suma, Tim-Tim! A musa que nunca foi, foi, foi, foi, da poesia que é sempre uma coisa á toa, é não é, é não é. Ó musa, me usa, méson, íon, spin... De algum lugar de dentro de mim.

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Inspiração

Surgiu de uma controversa sobre o que é uma Musa. Sobre o processo de inspiração

Sobre a obra

Palavras valises, assonâncias e aliterações, rimas, para dar feito de sonoridade.

Sobre o autor

Sou um escrevinhador de sons e imagens.

Autor(a): ORLANDO PEREIRA COELHO FILHO ()

APCEF/MG