Amor: sentimento anti-horário

Amor: sentimento anti-horário

Às vezes, por engano, cremos que o momento é o certo
Ou então nem percebemos que o momento é o certo.
O céu de fim de por-do-sol parece o de quando amanhece;
Ao caminharmos distraídos o inesperado acontece.

Então nós começamos a abrir novas portas
E achamos uma dúvida, uma pergunta sem resposta.

Nossa dúvida é saber se o que fizemos foi pecado.
Pensamos em nossas vidas, no futuro e no passado.
Muitas vezes, confundimos pecado com redenção,
Chamando de problema o que, na verdade, é solução.

Pode ser muito tarde, pode ser cedo ainda
Para achar um novo rumo, para mudarmos de vida,

Mas sempre é tempo de amar.
Não há hora certa, não há fuso horário.
Agora, ontem, amanhã, o amor não tem calendários.
Em qualquer época ou lugar
Sempre foi, é e sempre será
Tempo de amar.

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Inspiração

Esta poesia, que é também a letra da primeira música que compus, foi feita em homenagem à maternidade precoce de uma grande amiga. Assim, a inspiração foi o fato de que nem sempre nossos conceitos de "hora certo" para algo está necessariamente certo quando há amor envolvido. E é o próprio tempo quem nos mostra isso.

Sobre a obra

Sempre gostei de metáforas, de condensar ideias com poucas palavras, de tentar definir conceitos. Gosto também do desafio de fazer isso dentro de uma métrica (poesia/música) e procurando uma rima. Foi o que visei fazer nessa poesia.

Sobre o autor

Desde criança, gosto de escrever poesias. Depois que comecei a compor, quase todas passaram a ser letras de música. Gosto não só do tempo que se tem para por as ideias e sentimentos no no papel (hoje em dia, na tela), mas também do desafio de ser sucinto (como pede um poema), organizado (como pede minha neurose) e preciso (como pede minha alma).

Autor(a): CRISTIANO FONSECA DOS REIS ()

APCEF/MG