- Página inicial
- Detalhe obra
Fica pra Titia
Era uma vez uma mulher com mais de 40 anos: Titia. Ela nunca casou e nem teve filhos. Segundo ela, porque não quis, é solteira por opção. Só não sabe que é por opção dos homens.
Titia ainda sonha em um dia se casar com um príncipe. Como tem muita fé, ela reza todo dia, mas não para Santo Antônio, reza para Santo Expedito mesmo, o santo das causas impossíveis.
É verdade que nunca beijou um homem, mas já pegou na mão de um... Ele apenas queria ajudá-la a atravessar a rua.
Uma vez até apareceu um pretendente, mas logo soube pelas vizinhas que ele morava com outra mulher. Porém, após expulsá-lo da sua casa a vassouradas, descobriu que a outra era, ninguém mais, ninguém menos que a mãe dele.
Após esse episódio, Titia não se entendia mais com as vizinhas. Uma era “Maria gasolina”, outra “Maria parafina”, mas claro, Titia não era nenhuma dessas; era todas em uma. Uma autêntica “Maria vai com as outras”.
Certo dia, ela viu a vizinha com outro namorado, e percebeu que a vizinha trocava de namorado como quem troca de roupa. Por isso, Titia tomou uma drástica decisão: foi ao shopping comprar mais roupas.
Apesar de tudo, como todo final de um conto de fadas, Titia está feliz. Ela não arranjou marido, mas acabou de arranjar um novo emprego. Durante a entrevista, seu chefe comentou que seu currículo era muito bom, e ela respondeu:
- Obrigada! E estou disponível no mercado.
- É a sua situação atual no mercado de trabalho?
- Não! É meu estado civil.
Compartilhe essa obra
Inspiração
Ao ler algumas crônicas engraçadas de Luís Fernando Veríssimo sobre casamento, tive a ideia de transformar em crônica os diálogos de uma charge que criei. A charge, assim como a crônica, trata sobre uma mulher que sonha em se casar, ao contrário da vida atual, em que as mulheres se preocupam mais com seu sucesso profissional.
Sobre a obra
Justamente por seguir na contramão do empoderamento feminino, a obra é uma sátira humorada para uma sociedade machista que ainda possui pensamentos ultrapassados
Sobre o autor
Sou uma amadora das Artes. Como não nasci com o dom, resolvi aprender. A graduação em publicidade me levou a graduação em Artes, mesmo assim, ainda me sinto amadora, não pelo fato de ser ou não profissional, mas por que vivo em constante aprendizagem e amo desenhar, pintar, fotografar e tudo que as artes pode proporcionar.
Autor(a): CAROLINNE EVANGELISTA (Carolinne Evan)
APCEF/SE