Sonhei que Morria


Sonhei que morria, sonhei que fugia
Que não tinha pr’onde ir
Sonhei que caia
Que afogava
A canoa virada a submergir
E o socorro: quem vai gritar, quem vai pedir?
E o socorro: quem vai gritar, quem vai pedir?
Sonhei que morria, sonhei que fugia
Que não tinha pr’onde ir
Sonhei que caia
Que afogava
A canoa virada a submergir
E o socorro: quem vai gritar, quem vai pedir?
E o socorro: quem vai gritar, quem vai pedir?
Sonhei que apanhava, sonhei que batia
Sonhei com a garrafa vazia
Eu apostava e também perdia
Com os números da loteria
Sonhei com as palavras (La-Laia-Laia)
Que não vão pra poesia
Acordei num sobressalto
O alívio doutro dia, dia a dia
de quem vive o mundo de só sonhar
Com a vida doentia
Mal sabe aquele que vive
O que é morrer todo dia
Fundo do poço, desgosto
Feito rotina
Mal sabe aquele que vive
O que é morrer todo dia
Fundo do poço, desgosto
Feito rotina

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Inspiração

Escrevi profundamente inspirada pelas imagens da desigualdade nas ruas. Me parece que são pessoas que vivem um pesadelo. Assim, sorte daqueles que podem só sonham com tamanha tristeza.

Sobre a obra

A obra foi escrita em 2021 durante minha pós-graduação em Canção Popular na Faculdade Santa Marcelina. Fiz a letra e a 1a melodia foi feita por meu colega e amigo Fernando Fidura. A versão final foi produzida pelo compositor, músico e produtor Melvin Santanna.

Sobre o autor

Sou cantora há 10 anos, mas nesse tempo consolidei carreira cantando cover. Essa canção Autoral é uma das minhas primeiras. E está sendo muito bacana experimentar esse outro lado da relação com a música.

Co-Autor(es)
Intérpretes

CAMILA STELLA TOLEDO PEREIRA |

Integrantes
Autor(a): CAMILA STELLA TOLEDO PEREIRA ()

APCEF/SP


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