CORAÇÕES

Há corações mortos. Eles pulsam, mas não impulsam.
Corações mortos, agem como se não sentissem. Como se não pensassem. Só se afetam. Tudo vem de fora (nada de dentro). Por que? Porque dentro estão mortos.
Corações mortos, enraivecem-se. De desgosto, de desilusão, de tristeza. O medo é sentimento mortificante. Vão para onde levam o vidro.
Corações mortos, um quotidiano bruto e injusto. Difícil de entender? Talvez, tenham nascidos mortos. Será? Quem sabe?
Uma carne pulsante, mas inerte de pensamentos, de sentimentos.
Viver sem sonhos é viver sem planos e futuros. É viver sem viver. É como está preso num vidro formolizado.
Corações mortos, pulsam lembranças de tempos, por eles não vividos. Comemoram o passado. Lamentam o presente. Uma relíquia para ser admirada por corações mortos de fome.
O importante é o coração que temos agora. Nossa vitalidade cardíaca é tudo que temos. Ela é nosso presente e futuro. É por ela que somos capazes de amar, de respeitar. Importa como mantê-lo vivo.
Coração vivo, faz sonhar, faz olhar para o futuro. Só um presente que se quer eterno. Seu futuro é o sempre.
Corações vivos, são sentir, são pensar.

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Inspiração

OBSERVANDO O CONTEMPORÂNEO

Sobre a obra

Fazendo um contraponto entre corações formolizados e corações pulsantes de vida.

Sobre o autor

Sou alguém que considera o aprendizado, algo substantivo no percurso da existência.

Autor(a): EDSON WILSON TAVARES (EDSON WILSON TAVARES)

APCEF/RO