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O conto da serpente encantada
Era um dia de sol, como um dia qualquer, que Gregório colocava as mãos nas algibeiras,
a trafegar nas ladeiras e ruas, rumo ao Largo do Carmo, sempre a lembrar da velha história da serpente encantada, que tanto Liduína lhe contara quando mais novo. E lembrava sempre daquele dia, em que o sono apertou. E assim disse Liduína, com sofrega voz, balbuciando de tremores:
-- Ao que se sabe dois pescador saíram em seus barcos para mais um dia de pesca. E eis que surgiu uma grande serpente e tragou o pescador mais próximo, afugentando os barcos com ondas gigantes. E um salvou-se e voltou para contar.
-- E existe uma grande serpente, cuja cabeça está no largo da Igreja do Carmo. Sua cauda próximo a Ilha do Livramento. Adormecida a cresce dia após dia. Até que um dia sua cauda tocará a sua cabeça e ela despertará do sono, tragando a cidade que tanto a teme.
--E não sobrará mais uma pessoa, nem um lugar, que se salve da grande serpente. Nossas procisões na festa do Divino nos salvará. Que a festa continue e o Divino nos proteja.
Gregório nunca se esqueceu de sua avó e da lenda da serpente encantada. Mas, com muita atenção, conta a lenda para todas as crianças que querem ouvir, do dragão que corta o leito do mar, dos poços de ouro.
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Inspiração
O conto popular é uma ótima maneira de ensinar a história do nosso povo.
Desde tempos remotos lendas povoam o imaginário social.
Sobre a obra
Trata-se de conto da lenda da serpente encantada. Ainda muito vivida em terras alcantarenses.
Sobre o autor
Meu nome é Pedro Souza. Gosto de fotografar, ler e escrever contos e poesias. Participo do Talentos Fenae desde 2018.
É preciso incentivar a arte para transformar a realidade.
Autor(a): PEDRO JADER BANDEIRA SOUZA (Pedro Souza)
APCEF/MA
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