Uma fonte de saber

Uma fonte de saber


Aqui está Alcântara,

de um tempo de riqueza,

que de tanto descaso,

corrói a cominheira,

esbarreira e esbarroqueia,

se esvai a beleza!


Não tem eira,

nem beira,

a chuva vem,

golpeia,

orvalheira,

patameira.


Ao espectador,

bom lhe pareça,

o patrimônio histórico agoniza,

escamoteia,

a cada "inverno",

uma ruína que desapareça.


Um solar que pereceu,

e o muro se rompeu,

foi morte anunciada,

filmada e fotografada,

sem dó nem piedade,

um vida dizimada!

Quem prometeu te proteger,

vejo pouco se mexer,

e nas ruas da tua casa,

finge que olhos não vê!

Engana o povo,

e cospe no prato que comeu.


É preciso altivez,

investir e proteger,

construir a nossa História,

sem a memória esquecer.

O conjunto arquitetônico,

é uma fonte de saber!

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Inspiração

O conjunto do patrimônio histórico agoniza, perde a cada dia sua identidade, a estética, arquitetura setecentista e oitocentista.
Isso deve-se a ação do tempo, das chuvas e do sério abandono.
Uma fonte de saber e um registro imponente da riqueza e opulência da cidade de Alcântara, o patrimônio histórico deve ser protegido e preservado.

Sobre a obra


A poesia "uma fonte de saber" usa rimas que combinam o sentimento de agonia e abandono registrado em grande parte do patrimônio histórico por todo o país. Um inconformismo poético.

A proteção do conjunto arquitetônico para futuras gerações deve ser um compromisso diário, um direito e um dever de todos.

Sobre o autor

Participo do Talentos Fenae desde 2018. A mente inquieta, cheia de divagações, dúvidas, perguntas, a contemplar o "ser" poético, o belo, as letras espelhadas, um papel e uma caneta. O poeta é introspectivo a fatos, a lugares, acontecimentos e em sua lucidez e loucura, flui como um rio caudaloso, a navegar em um mar de palavras, emoções e desejos.

Autor(a): PEDRO JADER BANDEIRA SOUZA (Pedro Souza)

APCEF/MA


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