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PARA UM VELHO AMIGO
PARA UM VELHO AMIGO
Senti a adrenalina circulando em sua essência.
Seiva transportando tensão e resistência
o medo estampado na face.
Fixou-se na terra.
Percebeu a inevitável guerra.
Lutou, esbanjou coragem.
Suportou clarões e estampidos,
Tombou.
Meu antigo cajueiro,
ainda cheio de planos.
Quanta sombra você me deu!
Vivenciou histórias
presenciou vitórias,
apoiou as derrotas.
Testemunhou pensamentos
proibidos e
insanos sentimentos
Guardou-os para si.
Ainda sinto o doce dos seus frutos,
cajus
carinhosamente colhidos.
Quantas lembranças
adultas, adolescentes, crianças.
A todas reguei, adubei.
Saudades.
Levou consigo a tempestade.
Restou o tempo bom!
Obrigada, velho amigo.
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Inspiração
Inspirei-me no cajueiro antigo que plantamos no quintal da nossa casa há aproximadamente trinta e sete anos atrás, que foi derrubado por uma forte tempestade. Quantas histórias esse cajueiro testemunhou! Quantos frutos doces nos deu!
Sobre a obra
Trata-se de uma poesia, na qual eu homenageio um velho amigo, o cajueiro do meu quintal que foi arrancado por uma tempestade com ventos fortes. Coloquei-me em seu lugar e senti toda aflição daquele momento. Essa árvore tem grande significado para mim, pois testemunhou a história da minha vida por longos anos.
Sobre o autor
Comecei a escrever aos sete anos de idade, e desde o jardim de infância declamava poesias. Adoro escrever, tenho muita sensibilidade para a arte, especialmente a literatura. Considero que a vida sem a arte não teria tanta alegria, é como se fosse apenas em preto e branco.
Autor(a): MARIA DE LOURDES SANTOS ARAUJO (Lourdinha Araujo)
APCEF/BA