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A TEIMOSIA DO JUMENTO E A DISLEXIA DO SAPO
Desde muito miudinho
Criado no meio do mato
Até hoje eu matuto
Como se fosse capricho
Entender da parte do Criador o fato de haver tamanha teimosia em bicho
É o caso do jumento e do sapo
O jumento que é tão útil na lida nos campos e também nos povoados
De coisa nenhuma serve quando fica ensimesmado
Pois o gênio desse bendito animal é tão forte
Que mais fácil é enganar a traiçoeira morte
Que fazer valer a sorte de andar sequer um passo um jumento empacado
Já o sapo é diferente porque se mexe quando ele é empurrado
Seu problema é que não entende a direção que a gente pretende quando ele é enxotado
Se a vassoura o joga pra frente ele pula para o lado
Se a saída fica num canto ele vai pro canto errado
Pode até não ser caso de teimosia
Mas com certeza eu diria que foi o sapo e sua cria
O primeiro caso de dislexia já no mundo diagnosticado
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Inspiração
Fiz o poema refletindo sobre uma conversa que tive com uma amiga que tem fobia de sapos após ela dizer que o que mais provocava medo nela era o fato de ao tentar expulsá-los eles sempre acabarem voltando na sua direção.
Sobre a obra
Poema divertido sobre curiosidade animal, escrito em versos livres.
Sobre o autor
Sou um buscador de sabedoria, amante do Bem e do Belo. Ando em busca de me tornar um homem mais sereno, fraterno e pacificador de conflitos onde eu estiver. A arte, em geral, ajuda-me nesta caminhada.
Autor(a): EDELSON PEREIRA DOS SANTOS (EDELSON PERSAN)
APCEF/PI