DESDITA

Pudesse eu, pegar estrelas
Sem o céu desmoronar
Conter a fúria das ondas
Sem acabar com o mar

À noite, invadir os sonhos
Sem lhe fazer despertar
Viver prazeres da vida
Sem ser preciso lhe amar

Cativar sua doçura
Por força dos meus ardis
Arrebatar a candura
Molhando os olhos sutis

Talvez ficasse contente
E eternamente infeliz

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Inspiração

É impossível viver um grande amor, quebrando a essência da pessoa amada.
A dominação e a mentira pode até criar uma sensação de prazer ou contentamento, mas não induz felicidade.
As estrelas e as ondas são essenciais ao céu e ao mar, bem como a verdade e o respeito ao verdadeiro amor.

Sobre a obra

Desdita é um soneto shakespeariano que se caracteriza por ter uma estrutura própria, com três quartetos e um dístico. Seus 14 versos possuem sete silabas poéticas (redondilha maior).
Para contagem, foi usado um site contador de sílabas poéticas.

Sobre o autor

Um poeta e compositor tardio, mas profícuo.
Comecei a compor e escrever para o Talentos em 2018 e não parei mais.

Autor(a): WILSON MAGALHAES (WILSON MAGALHÃES)

APCEF/PB


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