Mulher que insurge

Mulher que insurge

Contempla, como a um abrigo,
O fulgurar do sol,
Brilho derradeiro anunciando partida.
O anoitecer guarda o perigo.

No silêncio da alcova, solidão
O amante se transmuta...
Estrelas de outrora, afugentadas,
Partem de um céu despido de ilusão.

A cada tempo, a opressão que lhe cabe
Em cada mulher, a luta pela libertação
Nada a salvar senão a vida contida ora insurgida.

A cada escravidão, uma abolição
Arde como chama nosso poema, absolvição
Refeito o amor próprio, salvação!

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Inspiração

A motivação é a trajetória da mulher através do tempo. O poema denuncia uma cultura de aprisionamento feminino e aponta o empoderamento gradativo da mulher no seu meio; na literatura, inclusive.

Sobre a obra

É um poema, em formato de soneto, mas sem a rigidez da métrica. A construção é livre, dentro desse formato, porque privilegia a compreensão da problemática social abordada.

Sobre o autor

A autora publica desde 2017. Tem quatro livros solos e duas dezenas de Antologias e Coletâneas. Acredita no poder restaurador da poesia e no alcance das produções literárias para a humanização das pessoas.

Autor(a): MARIA ALZERINA PINHO VANDERLEY FERREIRA (ALZERINA PINHO)

APCEF/PI


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