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Sonhar, rezar, voar
Sonhar, rezar, voar
Atualizadíssima e em plena forma física, mental e espiritual, Marta, desta vez, escolhe a melhor parte: ouvir o Senhor. E foi assim que seguiu em peregrinação ao Santuário de Aparecida. Peregrina do amor acolheu, apaixonadamente, no coração, todas as bênçãos e os encantos de todos os cantos que conhecera.
Agora, “perna pra que te quero!”, hora de voltar para casa. Melhor seria a sorte do teletransporte, mas se não é possível, aguarda o voo. Vê cada um da delegação seguir para a fila a despachar bagagem... Que raio de check-in é esse que não lhe alcança a vez?
Mas de incomum leveza aguarda, ainda, quem restava para seguir. Quatro remanesceram e correram para o despacho das malas. Porta larga atrai Marta e a atendente gentil lhe conduz para uma fila (de prioridade!!!) e para as demais, pergunta:
- Juntas?
- Sim.
Autorizou que seguissem todas. O quarteto só se deu conta da concessão para as outras três, quando alcançara o guichê primeiro que muitos dos que lhe deixaram para trás.
Foi quando se viu esquecida a gentileza dos dias passados, soterrada a compreensão e o riso, ante a “ousadia” de Marta usar da prerrogativa que lhe confere o status de preferencial. Houve quem dissesse: “eu, sim, sou prioridade e fui pra fila comum”. (E por que foi? O direito é para todos, mas aceita quem quer. E, se não quer, é favor não reclamar dos que querem).
- E as outras?
Quando há outras pessoas juntas, não há por que separar. E pra quem quis complicar a história, exigindo que explicasse o que fazia ali a mais novinha do grupo, Marta nem titubeou: “é minha cuidadora!”
Entre narizes torcidos de uns e boas gargalhadas de outros, hora de voar.
Pois é, vamos voar! Porque como já explicou a poetisa da delegação: “Sonhar dá cor à emoção. Voar é parte de ser paixão”.
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Inspiração
O texto surgiu do desejo de perenizar alguns acontecimentos de uma Peregrinação, com amigos, através da escrita.
Sonhar, rezar e voar representam bem o estado de espírito fraterno do grupo e suas aventuras na viagem.
Sobre a obra
É uma crônica narrativa. Um texto curto que traz os elementos básicos: personagens, tempo, espaço, enredo e um foco narrativo, o que representa bem esse gênero literário que conta histórias do cotidiano.
Sobre o autor
A escritora publica desde 2017. Lançou quatro livros solos e mais de duas dezenas de Coletâneas e Antologias.. Aposentada da Caixa desde 2013, hoje dedica-se à Literatura. É membro da Academia Caxiense de Letras e Presidente Coordenadora da AJEB/PI (Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-Coordenadoria Piauí)
Autor(a): MARIA ALZERINA PINHO VANDERLEY FERREIRA (ALZERINA PINHO)
APCEF/PI
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