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Voo
Vôo
Chega o momento
em que o dia cresce,
a palavra sobra, a conversa some.
Casa organizada, o silêncio vem.
Pensamento teima em chamar um nome.
A comida, pouca, na mesa
e a luz já não fica acesa.
Filhos são do mundo,
vidas emprestadas.
Depois de criadas,
querem decolar.
As asas, incertas,
testam sua potência.
Nenhuma eloquência
os vai segurar.
Fica o grito preso e a voz embargada.
Oração nos lábios, firmeza no olhar.
No laço do braço, alma angustiada,
A essa caminhada, resta abençoar.
Um novo ciclo que se inicia.
E a vida sobra, no longo dia.
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Inspiração
A síndrome do ninho vazio é um sentimento comum a muitas mães e pais. Cada um lida com ele de um jeito. Mas a ideia de que é preciso deixar que nossas crias voem é frequentemente compartilhada por especialistas das áreas de psicologia e educação. Quando chegou a minha vez, a poesia me ajudou a expressar o que senti.
Sobre a obra
É uma poema rimado e com métrica cadenciada, que tem a pretensão de se tornar uma musica algum dia,,, (aceito parceiros!)
Sobre o autor
Escrevo desde menina, participei de vários concursos literários durante minha vida de empregada Caixa e agora que me aposentei tenho me dedicado em tempo integral a carreira de escritora. Publiquei livros de crônicas, contos e infantis. Escrevo, também, para alguns jornais locais e uma revista literária. A poesia é meu veículo de desabafo.
Autor(a): LUCIANE MADRID CESAR (Luciane Madrid Cesar)
APCEF/MG
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