Segunda melancólica, lentamente se inicia
O café sem açúcar dá o ritmo
Falta muito a aposentadoria?
Terça de rotina, que se instala, implacável,
A mente divaga, em busca de alento.
A semana ainda longa, imparável.
A quarta marca o meio, já com cara de quase
Pedindo passagem, sorrisos já indicam,
Que se aproxima triunfante aquele dia
Quinta de esperança renovada, ainda tímida,
A sexta se aproxima, porém parece que demora.
Chega meia-noite, mas não chegam as seis horas.
Na sexta a semana finda, e a alegria eufórica,
Invade os corações, leve e sutil.
O corpo e a alma, em festa meteórica.
Se esperava aqui o sábado
Lamento estragar o enredo
Mas a sexta é tão linda,
que não cabe em só três versos
De tão querida que é
A sexta nunca anda sozinha
Com ela o sábado e o domingo
Completam a nossa alegria
Sábado, sol radiante, a paz nos cai como uma luva
Liberdade plena, sem pressa alguma.
O corpo relaxa, mesmo que tenha chuva
O descanso merecido, a paz interior,
Macarrão com maionese, a disputa pela coxa.
Viva o domingo, o dia do Senhor.
Mas logo volta a segunda
E nem prestamos atenção
Que cada dia tem seu curso
Mas não, não aprendemos a lição.