alteridade silenciada

Alteridade silenciada
Era uma vez um lugar que se chamava cidade.
Alteridade, por onde andas?
Refeita, rareada, rara, rara. Já sem pegadas, de tão leve, de tão rara.
Nos escapando sem quebrar um só vaso. Não há flores sobre a mesa.
Almoçamos no próprio trabalho, acotovelados na mesma mesa. Em comum, apenas o ponto marcado, o relógio chamando, o final do dia, a sacola de pão.
Perguntas...não há tempo e nem o que dizer
Ninguém leva flores para casa.
Ausências em pleno dia, transitando pelas ruas lotadas de corpos sozinhos e olhares obedientes. Pelas esquinas nenhum toque, nenhum aceno. Ninguem pede passagem, ninguém suspira, talvez nem possa.
Sinais de transito em série, serenos demais
Coloridos com certeza.

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Inspiração

me incomoda a falta da troca e do contato

Sobre a obra

sigo meus apelos e meus incomodos. só isso

Sobre o autor

gosto de escrever para dialogar com a impossibilidade

Autor(a): ANGELA MARIA FASSINA BARONE THEBALDI (angela barone)

APCEF/ES