- Página inicial
- Detalhe obra
Ditos bem ditos
Vão-se os anéis,
ficam nos dedos
as marcas do amor,
que como água partiu.
De tanto bater no coração de pedra,
deixou um buraco vazio.
De hábito veste-se o monge
que, sem pressa de chegar,
devagar veio de longe.
Estático está o moinho
lamentando a solidão.
A roda, que antes girava,
agora não faz mais nada.
Chora gotas de saudade
da água ontem passada.
Meu Deus! Como são tortuosas as linhas
pelas quais escreves coisas certas...
Compartilhe essa obra
Inspiração
Os ditos populares são um testemunho constante da sabedoria informal, que nem por isso é menos profunda, transmitida por nossos antepassados. Baseado nisso, foi criada essa poesia.
Sobre a obra
O desafio da obra é provocar o leitor a identificar, dentro da poesia, os ditos populares e evocar lembranças de tantos outros que, com certeza, povoaram nossa vida e remontam a avós, bisavós e muitas outras gerações anteriores.
Sobre o autor
Sou natural de Santana do Livramento, mescla de avós uruguaios e brasileiros. Essa binacionalidade me emprestou conhecimentos dos dois lados da fronteira, que eu transformei em outra dimensão de limites: a fronteira entre a realidade e a imaginação
Autor(a): HELIO DA SILVA DOS SANTOS (Professor Ganimedes)
APCEF/RS