O Quarteto

O Quarteto

Nós, que do céu ousamos alterar a cor
Encontramos nas estrelas o nosso senso
Do alto das virtudes, eu mesmo penso
Que transcendemos a Amizade e o Amor

Foi um tempo muito curto, mas eterno
Quase por acaso e sem qualquer razão
Não pedíamos nada, nem sequer perdão
Subtraindo da equação o mau inferno

Deixo a minha síntese esclarecida
Que, se existe mesmo outra vida
Já nos encontramos na noite outrora
E nos veremos na próxima aurora

E nos encontraremos tortos. Por que, não?
Inundando com euforia a depressão
Enxergo assim, com meus olhos imortais:
Foi singular, não se repetirá jamais

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Inspiração

Falar sobre a virtude da Amizade atemporal não é fácil, até porque muito do que vivemos hoje em dia são "pseudo-amizades" baseada em desejos ou recompensas. Meros egoísmos. Esse soneto surgiu como ode a um singelo quarteto que se encontrou por um período muito curto de tempo, mas que viveram experiências eternas de Amizade sincera.

Sobre a obra

Sonetos me encantam. Não sou nenhum perito, mas me esforço para tentar alcançar um pouco da Beleza expressa em pequenos versos. Esse poema fala de uma ligação que pode parecer casual, mas se olharmos todos para as estrelas, nos encontraremos na atemporalidade do Universo e, através do Amor, suspeitaremos da existência de vidas passadas e futuras.

Sobre o autor

Filósofo por identificação, tenho dedicado parte da vida aos estudos da humanidade e compreensão das leis da Natureza através das Virtudes humanas. A Amizade é uma fruta que amadurece lentamente, como ensinam os grandes mestres. Como seres humanos que somos, devemos cultivá-la para que todos compreendam melhor suas nuances e possam desenvolvê-la.

Autor(a): LUIZ GUSTAVO CITTADIN (Gustavo Cittadin)

APCEF/SC


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