Soneto tanatológico

Ai, meu amor tanatológico
A bile do sentimento fatal
O verter do suco ventral
Do soturno sentir epistemológico

A sentir o espasmo sombrio
A pupila dilatando altiva
A precipitação em sudorese excessiva
O anunciar do meu corpo frio

Ai de mim, se o corpo enrijece
O olhar pesa, a vista escurece
A toxina da morte germina fecunda

Longe de mim, esse amor que me enlouquece
Estirpa a vida, minha alma entorpece
E deixa-me apenas o fígado do Neruda.

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Inspiração

A morte do grande Pablo Neruda

Sobre a obra

Como se o Neruda reclamasse postumamente um amor.

Sobre o autor

Escritor por insistência.

Autor(a): THULIO PHELIPE ANDRADE DO NASCIMENTO (THULIO Phelipe )

APCEF/PB