17:20 e o papai estava exausto no sofá. Havia passado muitas horas no futebol com o maior. O menor, insistia em sair para passear. A mamãe, meio sem pensar, disse: “Vamos à praia, brincar na areia!”.
Sai correndo animado, se veste sozinho, seleciona os brinquedos. Mochila com toalha e muda de roupa e lá vamos nós. No caminho, o pensamento oscilava entre “pra que fui inventar isso” e “como é que eu vou fazer para descer com todas essas coisas, além do menino”.
Baldinho, caminhão, bola, mochila, enquanto o pequeno tentava equilibrar um misto de caminhando, cantarolando e carregando a cadeira de praia.
Ufa. Aqui está bom.
Conforme os minutos passavam, o céu e o sol se misturavam em cores únicas, aquarela exclusiva.
Ali coube uma oração em silêncio e um tanto de gratidão verbalizada, com Deus ali pertinho. Conchinhas, tesouros escondidos, areia movediça, um tubarão imaginário.
Nem foi tanto tempo assim. Uns 30, 40 minutos até o sol descansar de vez e o céu se pintar de azul profundo, com um convite para voltar para casa. Tempo suficiente para comprovar que o trivial é invencível...