“Lugar de mulher é onde ela quiser”, mas calma!

“Lugar de mulher é onde ela quiser”. Lá atrás, muitas lutaram por nós para que ocupássemos os lugares mais improváveis.
Mas um pouco distante da interpretação ipsis litteris da frase mencionada, há um viés talvez pouco abordado. Romper determinadas barreiras não carece somente de mera vontade, e isso é muito claro, mas quero evidenciar que é preciso considerar também as propriedades fisiológicas do ser humano.
É natural que, nós, mulheres, ao adentrar um universo masculino, queiramos seguir o ritmo, manter o fluxo, mostrar que somos capazes - e SOMOS.
Mas o ritmo é outro e o fluxo flui de maneira completamente diferente.
Tenho me esforçado para internalizar que “tá tudo bem não dar conta, tá tudo certo o limiar chegar antes, que isso não é demonstrar fragilidade”.
Ok, talvez seja. Mas, e daí?
Nossos traços de feminilidade sempre nos acompanharão. E mais: farão lembrar a todo momento que até queremos ser iguais, mas somos diferentes. Imediatamente, veio à mente a máxima do princípio da igualdade: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades”.
Que compreendamos e respiremos com alívio e sem culpa, ocupando sim todos os lugares, mas cientes de nossas diferenças.

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Inspiração

Um dia de trabalho como Arquiteta CAIXA, em vistoria de empreendimentos de Mercado, onde a maioria dos trabalhadores são homens.

Sobre a obra

Pensamentos escritos de um dia de trabalho como Arquiteta CAIXA, em vistoria de empreendimentos de Mercado, onde a maioria dos trabalhadores são homens.

Sobre o autor

Arquiteta apaixonada por artes. A escrita é apenas uma delas.

Autor(a): NATHALIA ARAUJO DA SILVEIRA LEITE (NATHALIA LEITE)

APCEF/MA


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