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CENOTÁFIOS
CENOTÁFIOS
Os espaços jazem na casa
A cor do jardim feneceu
O silêncio grita nos quartos
E a poeira incorpora-se ao chão
A tristeza, preguiçosa
E a ferrugem, sua parceira
Não adornam o ambiente
E descolorem o cenário
Hoje em meus regressos
Abraço espaços vazios
Lembrando dos braços abertos
De quem me esperava sorrindo
Guardo o pó e as palavras
Desta pessoa que partiu
A casa, tal qual meu coração
Hoje são apenas cenotáfios
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Inspiração
A dor da perda de um ente querido. Relato aqui o sentimento ao retornar para local onde ela vivia e que deixou uma vazio enorme não apenas na casa, mas em meu coração.
Sobre a obra
Cenotáfio é uma sepultura onde não existe o corpo. É um túmulo em homenagem ao ente que partiu. Fiz a comparação deste vazio com o sentimento de uma pessoa que partiu.
Sobre o autor
Escrever é fazer a alma se pronunciar. O ponto de partida é o sentimento. Escrevo para fugir de mim mesmo. Quando me encontro, decido apagar as linhas. Por ora, registro meus anseios e a saudade de um tempo que eu sabia que inevitavelmente iria passar.
Autor(a): ILBERTO LUIS TRENTIN (ILBERTO TRENTIN)
APCEF/RS