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Criando memórias felizes
Criando memórias felizes
Eu tenho muitas histórias para contar. Encontros de família, conversas com amigos, aniversários, passeios, almoços. Inúmeras lembranças boas de alegria compartilhada. E laços fortalecidos.
Momentos que não aconteceram por acaso.
Quase toda família tem alguém que eu chamo de agregador – aquela(o) amiga(o) ou parente que vive inventando passeios, programando churrascos, viagens, festas... Pessoa que se dispõe a dar a ideia e organizar minimamente o evento. Cabe a ela, inclusive, motivar e insistir para que não falte ninguém. Um ser estritamente necessário, um criador de memórias. Alguém que, ignorando a correria que engole a todos nós dia após dia, nos oferece um refresco e nos conduz ao aconchego das pessoas que amamos.
E aí a mágica acontece: produz-se as lembranças de muitas risadas, muita piada interna (aqueles comentários que só entende e acha graça quem presenciou o fato), muito “mico” coletivo. Recordações auditivas, olfativas, visuais e gustativas compartilhadas com carinho.
O bolo de aniversário que ficou delicioso, embora torto e feio... A chuva que pegou a todos de surpresa no passeio na fazenda... A comida incrível daquele restaurante na praia... A farra das crianças dormindo juntas no mesmo quarto... Jogos em família, piqueniques, feriado com churrasco, o vôlei no clube, futebol no campinho...
É claro que também existem as caras feias, palavras inoportunas, brincadeiras desastrosas. Mas a diversão costuma ser muito maior e é o que fica na memória.
Eu sempre tive a sorte de ter um agregador por perto. E quando percebi que esta era uma atividade em extinção, passei a assumir a tarefa. Não é muito fácil, às vezes dá bastante trabalho e a gente jura que é a última vez. Mas acaba sempre achando que vale a pena.
Quero que meus filhos e netos tenham, como eu, muitas histórias para contar nos almoços de domingo.
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Inspiração
Recentemente me dei conta que alguns encontros e reencontros podem não acontecer se não houver alguém que se esforce em juntar pessoas. Essa figura do agregador, que tenho assumido ultimamente, é primordial para a criação de memórias com as pessoas que a gente ama.
Sobre a obra
A crônica é um gênero literário que se baseia na percepção de detalhes. Normalmente os insistes vêm em momentos do cotidiano e podem sumir da mente se não forem registrados. Esta ideia me ocorreu ao programar uma viagem em família.
Sobre o autor
Escrevo desde menina, participei de vários concursos literários durante minha vida de empregada Caixa e agora que me aposentei tenho me dedicado em tempo integral a carreira de escritora. Publiquei livros de crônicas, contos e infantis. Escrevo, também, para alguns jornais locais e uma revista literária. A poesia é meu veículo de desabafo.
Autor(a): LUCIANE MADRID CESAR (Luciane Madrid Cesar)
APCEF/MG
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